A falta de consciência e preocupação com o impacto ambiental são assuntos que estão em foco, não só por parte dos ambientalistas, mas também por educadores, políticos, cientistas entre outros. Pois a nossa economia cresceu em virtude das industrias, que aumentaram o consumo, a qualidade de vida, gerando um aumento da população, que aumenta o consumo, que gera mais lixo, e por assim vai. Por existir essa ligação tão estreita entre economia e equilíbrio ambiental é que essa questão se tornou assunto discutido amplamente.
A posição de diversos estudiosos sobre o assunto, dentre eles John Twidell, diretor do Centro Amset da Universidade de Montfort, no Reino Unido, é a de que economia e ecologia andam lado a lado e que uma será necessária para manter a outra, num sistema de simbiose e não no sistema parasitário que acontece atualmente. Economia e tecnologia devem trabalhar para que o ser humano possa ter uma qualidade de vida boa e, para isso acontecer, a ecologia deve ser mantida de forma harmônica.
Nossa cultura de consumo é que sustenta a economia, para equilibrar essa “balança” é preciso mudar a cultura, o que não é uma tarefa fácil, deve ser lenta para minimizar o impacto econômico e mesmo que fosse possível uma mudança brusca, mudar o comportamento de pessoas adultas é um projeto no mínimo ousado.
Uma solução possível para essa mudança de comportamento seria a educação infantil, pois as crianças ainda estão abertas a novas regras sociais, Projetos como o APOEMA, que “pretende ainda ser um convite para ações responsáveis, marcadas por um compromisso ético ambiental: sobre como desejamos que seja o futuro do Planeta, sobre a responsabilidade diante das conseqüências de nossas próprias escolhas individuais e coletivas”, já utilizam essa abordagem, para promover essa mudança.
Mas como passar para uma criança a importância de mudar hábitos que são praticados pelos pais. Adultos hoje têm a consciência que de é preciso mudar os hábitos de consumo, mesmo que não pratiquem, sabem que é necessário. E aprenderam isso pela experiência, como ver um rio, que em sua infância era possível brincar, transformado em um esgoto a céu aberto.
Não temos tempo de esperar que as crianças cresçam e ai então vejam que as atitudes foram inconseqüentes, pois já será tarde, e cairíamos no mesmo problema dos adultos de hoje.